Nem tudo que é bom necessariamente dá trabalho para fazer e hoje é dia de uma receita de drink que provavelmente deve ser a mais fácil do mundo. No entanto, o sabores, cores e até etnias podem ser combinadas de forma criativa e surpreendente, oferecendo uma viagem ao mundo e à história com um gole.
O sake, bebida tradicional do Japão, é feita à base de arroz
Assim, hoje é dia de conhecer o Aurelius, mistura de sake com vinho do Porto. A receita, como já dito, é fácil: mistura-se um cálice do vinho (a sugestão é o Sandeman Tawny) a um cálice do sake bem gelado (a sugestão é o Onna Nakasse) de forma gentil e devagar para que os dois líquidos se encontrem de forma harmoniosa em uma taça de vinho de cristal. Feito isso, é só degustar.
O Aurelius leva apenas dois ingredientes, assim é importante a qualidade dos mesmos
Um pouco de história:
Pouco depois do arquipélago japonês desprender totalmente do
continente asiático, os ainus, primeiro habitante do Japão, começaram a
preparar uma bebida graças ao surgimento de jarras de barro. Ali depositavam
uma fruta chamada Yama Budou, com a casca e sementes, e armazenavam o alimento.
Só que não sabiam, que os frutos fermentavam com a ação do tempo e viram que se
transformavam em uma bebida.
BUDOU em japonês, significa uva. Portanto a primeira bebida
nascida no país do sol nascente, foi o Vinho. E também logo quando surgiu os primeiros sakes feito de
arroz, não era uma bebida, mas sim um remédio. Acreditavam que o poder divino,
acalmavam os enfermos durante o tratamento. Na verdade funcionavam como um
anestésico, pois não sentiam dor e dava uma sonolência. Hoje chamamos de
embriaguez. - fonte: Adega do Sake
Em 1386, o Tratado de Windsor tinha estabelecido uma estreita
aliança política, militar e comercial entre a Inglaterra e Portugal. Sob os
termos do tratado, cada país concedeu aos comerciantes do outro país o direito
a residir no seu território e a comercializar em condições de igualdade com os
seus próprios súbditos. Desenvolveram-se relações comerciais fortes e dinâmicas
entre os dois países e muitos comerciantes ingleses estabeleceram-se em
Portugal. Na segunda metade do século XV uma quantidade significativa de vinho
português era exportada para a Inglaterra, muitas vezes em troca do famoso
bacalhau.
O tratado
comercial anglo-português de 1654 criou novas oportunidades para os
comerciantes ingleses e escoceses que viviam em Portugal, permitindo-lhes privilégios
especiais e direitos aduaneiros preferenciais. Naquela época, o centro do
comércio do vinho não foi o Porto, como mais tarde se tornou, mas a elegante
cidade costeira do norte, Viana do Castelo, cuja situação no amplo estuário do
rio Lima a tornou num porto seguro natural. Os comerciantes importaram
mercadorias, tais como lã e tecidos de algodão da Inglaterra e exportaram
cereais, fruta, azeite e o que era conhecido como "red Portugal”, ou
"tinto de Portugal", esse vinho leve e ácido produzido nas proximidades
na região verdejante do Minho, particularmente nos arredores das cidades de
Melgaço e Monção.